Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1864

Allan Kardec

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Durante nossa estada em Antuérpia, fomos visitar a exposição de pintura, onde admiramos obras verdadeiramente notáveis de pintores nacionais; ali vimos, com extremo prazer, figurar com muita honra dois quadros de nosso colega da Sociedade de Paris, Sr. Wintz, Rua de Clichy, 63: A volta das vacas e um luar. Mas o que particularmente nos chamou a atenção foi um estudo indicado no folheto sob o título de Cena de interior de camponeses espíritas. Num interior de fazenda, três indivíduos em costume flamengo, estão sentados em volta de um enorme cepo, sobre o qual põem as mãos, na atitude dos que fazem mover as mesas. Pela fisionomia atenta e concentrada, reconhece-se que levam a coisa a sério. Outras pessoas, homens, mulheres e crianças, estão diversamente grupadas, uns olhando com ansiedade o primeiro movimento da enorme massa, outros sorrindo com um ar de ceticismo. Essa pintura, que não deixa de ter mérito em sua execução, é original e verdadeira. Se excetuarmos o quadro mediúnico que figurava como tal na exposição das artes de Constantinopla (Vide Revista de julho de 1863), é a primeira vez que o Espiritismo figura tão claramente confessado nas obras de arte. É um começo.

ALLAN KARDEC

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